Todos nós, maçons, sabemos que a Maçonaria tem, como um de seus princípios, o respeito às leis, não apenas maçônicas, mas principalmente aquelas em vigor em um país livre. Inclusive, no Brasil, o respeito à Constituição está na moda, tendo virado até jargão.
Pois bem, a Constituição brasileira, já em seu 5º artigo, XXVII, traz que “aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras”.
Há oito anos venho abordando, em um momento ou outro, o CRIME do plágio, que, infelizmente, continua sendo um problema recorrente no meio maçônico brasileiro. Mas hoje, venho fazer um alerta de outro CRIME relacionado a direito autoral, que está em pleno crescimento em nosso meio.
Está previsto na Lei nº 9.610/98 e no Art. 184 do Código Penal, o CRIME de reprodução e/ou distribuição de obra intelectual, seja em meio impresso ou digital, sem autorização prévia do autor. E esse crime é praticado diariamente, em grupos maçônicos de WhatsApp, em que se compartilha PDFs de livros que não estão em domínio público. Inclusive, pasmem, há grupos dedicados exclusivamente a isso.
A que ponto chegamos?!? Irmão roubando de irmão, com conivência e cumplicidade de outros irmãos! Já não bastasse alguns roubarem a obra intelectual, ao omitir o verdadeiro autor e a apresentar como se fosse sua… agora querem roubar até a baixíssima remuneração do autor e outros profissionais sobre cada livro, impresso ou ebook???
São centenas de horas de trabalho para nascer um livro, entre leitura, pesquisa, escrita e revisão. E outras dezenas de horas de diagramação, ilustração, edição e publicação. Após todo o trabalho do autor, há vários profissionais envolvidos, como ilustrador de capa, revisores, diagramador e, no caso de livro impresso, todos os funcionários da gráfica. E você, se achando o esperto por não precisar pagar menos de 25 reais em um ebook, está, na verdade, roubando de todos eles! Um maçom ladrão!
Somente nos últimos 15 dias, tive ciência de dois casos de plágio e de três casos de pirataria digital (compartilhamento ilegal de livro em PDF), envolvendo obras minhas. Por sorte, os casos de plágio foram retirados do ar, e os infratores que compartilharam o arquivo digital do livro, ao serem alertados, se deletaram os arquivos dos grupos. Contudo, nos casos em que não conseguir resolver com brevidade e fraternidade, informo que os modelos de denúncia maçônica estão prontos para serem usados, não descartando processos na justiça comum, para garantir que nossos direitos e as leis sejam respeitados.
E, se um dia a editora No Esquadro ou a tradicional editora A Trolha vierem a fechar suas portas, saiba que você, o “esperto” que compartilhou ou recebeu um PDF de um de seus livros, foi o culpado por prejudicar, não apenas autores, profissionais e editoras, mas dezenas de milhares de irmãos leitores.
Caro IIR. Kennio. Tudo bem?
Concordo plenamente com o IIr. E isto deve ser divulgado plenamente. Participo de diversos grupos e recebo muitos livros em PDF, inclusive em sites ou pelo Google podemos obter. Eu mesmo já compartilhei os que recebi e pesquisei, pensando que uma vez disponibilizado eu poderia compartilhar. Há algum tempo não tenho recebido mais, a maioria está vindo como informativo , através de links, capa, autor e editora , mas sem acesso, precisa adquirir. Reforço que o Ir está coberto de razão. E daqui em diante não mais compartilharei. Tal procedimento também deveria estender-se aos trabalhos postados e disponibilizados em site de várias lojas. Muito obrigado pela observação. T.F.A
Sem dúvidas é lamentável que tal fato ocorra…se no mundo profano, o respeito à autoria é incontestável, dizer o que, entre Homens Livres e de Boms Costumes.
Entrementes, da mesma forma, é deveras vergonhoso que muitos Irmãos se aproveitem do conhecimento Maçônico, para, tirarem proveito pecuniário com as suas publicações.
Penso que a Cultura Mônica deva ser transmitida e trocada sem que haja um objetivo comercial…sem que se busque tirar lucros e proveitos daquilo que a própria Ordem oferece.
Todo conhecimento adquirido, na Ordem, deveria ser divulgado gratuitamente, sem qualquer busca de ganhos mercenarios… ate mesmo, esperando um reconhecimento ou outra forma de agradecimento.
Cabe aos Mestres transmitirem o que sabem.
Quiçá, se assim fosse, não haveria plagio ou outros procedimentos mesquinhos.
Um TFA muito especial
Hever S. Nogueira
M.: M.: CIM 97619
Kennyo Ismail – Ir. Hever, meu convite é para que procure ver por outro prisma, que passo a apresentar.
Eu não sei o que você imagina que um autor ganhe com um ebook publicado… Mas estimo que 99% dos autores levam prejuízo, escrevem por amor à causa, e somente procuram minimizar esse prejuízo o tanto quanto possível. E, com essas práticas ilegais de pirataria digital, isso fica cada vez mais difícil e distante.
Vou te dar meu próprio exemplo: Tenho seis ebooks disponíveis na Amazon. Sabe quanto de royalties estimado neste mês? 230 reais. Não por livro, mas total, ou seja, uma média de menos de 40 reais por livro. E olha que alguns desses ebooks estão entre os mais vendidos da categoria! Estou te enviando e-mail em PVT com a prova desse valor.
São centenas de horas minhas investidas em cada um desses livros, que eu poderia estar sendo “mercenário” e ganhando dinheiro de verdade no mundo profano, mas decidi dedicá-las à Maçonaria… Já imaginou que, além do meu tempo, tenho gastos para publicar cada um desses ebooks? Só como exemplo: que preciso gastar quase mil reais para ter um ebook diagramado profissionalmente? Mesmo sabendo que vou demorar mais de dois anos para recuperar somente esse custo, desconsiderando juros e correção monetária?
É por isso, meu irmão, que acredito que seja injusto esse tipo de inferência, além de desrespeitoso ao chamar autores maçônicos de mercenários e dizer que seu trabalho é “deveras vergonhoso”, tendo por agravante usar isso como argumento para minimizar os crimes de plágio e pirataria digital.
TFA.
Qual tamanho da cretinice de alguém que sugere para uma pessoa compartilhar de graça um conhecimento que gasta centenas de horas em estudos, milhares de reais em livros… sem contar toda dedicação em Loja, viagens, pesquisas para construir um pensamento maçônico digno de ser compartilhado.
Uma criatura dessa precisa ser muito burro, medíocre e canalha para sugerir um tipo de coisa dessas. Precisa nunca ter estudado maçonaria com afinco para realmente entender que é algo trabalhoso e o mínimo que se pode fazer é cobrar pra que os meios necessários para o fluxo do pensamento possam ser estabelecidos.
Precisa ser muito desconectado da realidade, ter um dissonância cognitiva severa, para imaginar que alguém consiga sobreviver apenas de venda de livro de maçonaria.
E que mau-caratismo vir relativizar o crime de pirataria na cara do autor querendo culpabilizar a vítima.
O que alguém assim merece mesmo é ouvir um sonoro VAI TOMAR…
Concordo com vc meu Ir.’., em gênero, número e grau. Sugiro aos IIr.’., que acham que teu trabalho deva ser gratuito, devam trilhar o mesmo caminho desbravado por autores de obras literárias (como vc) e refletir – tal qual espera-se tenha sido feito na Câmara de Refl.’. -, que os frutos trabalho devem ser atribuídos a quem de direito. S.’.F.’.U.’.
Saudações à todos IIr.’.! Eu tenho 4 livros pra pesquisa e o que mais uso é o livro mais vendido no mundo, pois nele tem até matemática, acho que o irmão está certo em reinvindicar seus direitos autorais, pois o que é virtude em um profano, pra um maçom não passa de obrigação. TFA
O Amado Irmão está coberto de razão. Mas vivemos num país que cultua a impunidade e a desobediência às leis. E a maçonaria brasileira infelizmente às vezes tem feito vistas grossas a comportamentos nada maçônicos como os do ex-vice-presidente da República que traiu a pátria e seu povo e continua firme sem nenhuma admoestação da nossa instituição.
Isso mesmo! O (des)ilustre Gal. Melancia deve ser, em nosso, considerado um TRAIDOR da PÁTRIA!
Verdadeiro absurdo, Kennyo… E esses criminosos são “irmãos”.
Em alternativa à falta de recursos de alguns irmãos para adquirir livros, potências e lojas poderiam comprar, ao menos, um exemplar de uma obra e disponibilizá-lo em suas respectivas biblioteca.
É exatamente isto que a Ordem Rosacruz-AMORC faz, pois possui bibliotecas não somente em sua sede (Grande Loja), mas em cada um de seus Organismos Afiliados! É natural que aqueles Membros que não têm condições de adquirir no momento a obra e se beneficiem do empréstimo legalizado na biblioteca, tão logo, mudem sua situação financeira, adquirem as obras, a isto os rosacruzes denominam “Lei de AMRA”. Não é uma obrigação, mas uma questão evolutiva, ou seja, de autoconsciência. Como somos beneficiados, também, é justo que beneficiemos os demais e como todas as pessoas são nossos Irmãos, a prática se estende para toda a humanidade. TFA
Educação e consequente consciência de que isso não deve ser feito . Existem os aparelhos digitais de leitura que onde você adquire obras bem naus em conta.
Apesar que o caminho é absolutamente incerto para os direitos individuais e coletivos. Seja na constituição e ou na propriedade.
Saudações Ir. Kennyo,
Pq os livros da ordem são comercializados em livrarias profanas e não apenas dentro das lojas?
Kennyo Ismail – Imagino que seja porque não há vendedores de livros nas lojas.
S.˙. S.˙. S.˙.
Saudando a todos os meus AAmd.˙. IIr.˙., manifesto preocupação com o titulo da publicação; “CRIME NA MAÇONARIA”, porquanto passa a ideia de que Maçons RReg.˙. JJust.˙. e PPerf.˙. estejam perpetrando crimes dentro de nossa SuBl.˙. Ord.˙. .
Nesse sentido, data máxima vênia as opiniões divergente, sugeriria cautela, uma vez que há outros meios e fóruns apropriados para esse tipo penal.
Virtus Junxit Mors Non Separabit
T.˙. F.˙. A.˙.
Caro Ir.’. Kennyo,
Tenho profunda solidariedade pelo seu alerta. Tenho IIr.’. que me oferecem arquivos pdfs de livros com pura e simples boa vontade, sem notar o grande mal e prejuízo que causam aos seus autores e editoras.
Como o Ir.’. é um autor de profundo respeito e ampla envergadura, sugiro que faça um comunico às potências, para que essas publiquem boletins para as Lojas trazem luz à este problema.
T.’.F.’.A.’.
Rodrigo
Um acervo de instituição como a AMORC difere, em muito, do trabalho solitário de um obreiro. Penso que, somente ele sabe – se fôr o caso -, o momento de disponibilizá-lo gratuitamente.
Vou estrear meus comentários aqui no site por causa desse tema.
A pirataria de livros me deixa espumando! Obrigado pelo artigo, Kennyo. Vou compartilhar nos grupos que faço parte.
Não sou maçom e registro aqui meus protestestos pelo uso do termo “profanos” em alguns comentários direcionando aos não maçons. Esse termo deveria ser aplicado aos “profanos de avental” que estão plagiando o autor da publicação, que, diga-se de passagem, tem toda razão em seu desabafo. Eu, um “profano”, quando tenho interesse pelo trabalho e conteúdos disponibilizados pelo autor , o faço, quando ao meu alcance, através das vias e caminhos legais disponibilizados de forma a remunerá-lo respeitosamente pelo seu trabalho, isso é sagrado. O termo “profano” me incomoda.
O mais engraçado é que somos tachados como exagerados! Ha anos falo isso em grupos! Ja diz alguns passarem vergonha, mas não adianta. Nao conseguem enxergar! Chega a ser impressionante.
Boa noite, tudo J∴ P∴, gostaria de saber quando vai ter disponível a bíblia maçônica novamente.
T∴F∴A∴
Olá, Espero que todos estejam bem! A questão é que só existe crime porque existe a demanda, se ao receber repreendesse e não aceitasse tudo ficaria bem. o fato é que 60 % de crimes são praticados com a conivência da sociedade, autoridades fazem vista grossa, comunidade aceita sem a devida delação, desta forma potencializando a ação dos que são coniventes e praticam qualquer tipo transgressão. Começa por nós mesmos o combate.