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ENSAIO SOBRE UM AMANHÃ QUE HÁ DE SER OUTRO DIA

Um breve ensaio sobre a Maçonaria brasileira daqui a 10 anos.

Para ler o ensaio, CLIQUE AQUI.

6 comentários sobre “ENSAIO SOBRE UM AMANHÃ QUE HÁ DE SER OUTRO DIA

  1. Vejo que você bateu muito nos aspectos da inclusão de homens de bem com necessidades especiais e na modernização dos meios sociais para que a maçonaria se adapte aos novos tempos, mas senti a falta no texto de um aspecto progressista que está em voga na atualidade: a questão da igualdade de gênero.
    Devido a esta pauta ser reiterada por políticas afirmativas, mídias sociais e pelo apelo público, estou prevendo que em questão de alguns anos ou décadas as potências regulares e mainstream começarão a abrir as portas para o ingresso de mulheres na maçonaria; não dá para as grandes lojas fecharem os olhos para esta nova realidade.
    A GLUI já deu o primeiro passo aceitando homens trans e a permanência nas lojas de maçons cis que optem pela transição de gênero.
    Acho que mexi num vespeiro muito grande com o meu comentário. Como diria o famoso Jigsaw: “Que os jogos comecem”. 🙂

    Kennyo Ismail – Henri, há textos aqui no blog: de 2014 sobre deficientes físicos na Maçonaria; de 2016 sobre gays; e de 2018 sobre política de gênero. É uma década de promoção de debates em busca de uma Maçonaria brasileira mais inclusiva. Nesse “vespeiro”, já virei beekeeper.

  2. Caro Ir. Kennyo,

    Li seu artigo e gostaria de contribuir para o debate com um pequeno comentário.

    Fui por 15 anos religioso católico. Uma vez deixada a Ordem religiosa à qual pertencia, tratei de recomeçar minha vida do zero, já com meus trinta e oito anos. Também fui chefe escoteiro por quase dezesseis anos. Agora, aos 54, resolvi “virar” maçom. Recorri a “amigos”, conhecidos, preenchi questionários disponibilizados nos sítios eletrônicos das potências brasileiras ditas “regulares” e também no sítio eletrônico da GLUI. Os amigos me responderam com o silêncio, se não com um certo desprezo. À exceção do Distrito da Glui que me contactou (e me pediu que eu indicasse um amigo maçom que me afiançasse(!), resultando na mesma atitude das demais potências) e da potência em que fui iniciado, ninguém teve a menor abertura ou diálogo.

    Passei por sindicância, recebemos em casa dois irmãos em datas diversas que fizeram um monte de perguntas, conversaram com minha esposa, colegas de trabalho, gerente, com minha irmã. Apresentei certidões e toda a documentação. Paguei a taxa de iniciação e mensalidade. Tudo muito justo e perfeito. Estou feliz lá e cada dia mais interessado na Arte Real.

    A questão do desinteresse dos jovens pela Maçonaria e da evasão passa pelo Custo x Benefício. Como o senhor mesmo escreve, vivemos na época do metaverso, das chamadas de vídeo, da comunicação instantânea. Isso quer dizer que a informação, qualquer informação, cabe na palma de nossa mão. Se eu com 54 anos já sou craque em pesquisas, imagine um jovem de 20, ou o adolescente de 12!

    A pergunta é: “o que a Maçonaria pode dar a estes jovens que eles já não encontrem em outros lugares e a um preço mais acessível?” Qual a vantagem para eles gastar tanto dinheiro para…. para quê mesmo? Ouvir discursos e comer churrasco? É isso que se tem a oferecer de atrativo à turma das criptomoedas e do Tik-Tok?

    Certa vez, conversando com um padre, ex-colega de seminário, me surpreendi ao ouvi-lo dizer que a situação na Igreja Católica está tão desconfortável para quem é homem de verdade (heteronormativo), que, não fosse ele padre, seria maçom. Só pra sentir-se à vontade entre homens e poder conversar como homem.
    Minha experiência nesse campo é traumática. Nos seminários, dada a presença significativa de homossexuais (muitos deles realmente perversos), a atmosfera é irrespirável para quem é hetero. O sujeito pode ficar caladinho, quietinho no seu canto: se a turma dos afeminados descobre que ele não é fã deles, a vida do coitado vira o inferno. Vivi em primeira pessoa essa realidade e não quero revivê-la nunca mais. Não, obrigado! Respeito quem pensa diferente de mim e nem sequer discuto: simplesmente me retiro. Sim, sei que há homossexuais cultos, educados, que nem se misturam com a militância grotesca e licenciosa das paradas do orgulho lgbtqia+. São exceção e não sei como se comportariam entre iguais. Porque a tendência é esta: onde tem um, tem vários (e se reconhecem sem que seja necessários STP!). Como a Maçonaria funciona por indicação, natural será que um homossexual chame outro, um transsexual convide outro trans. Desse ambiente eu não quero participar (me desculpe o leitor). Se a GLUI já admite trans e homoafetivos talvez a realidade deles seja diversa: a educação britânica, aliada à sua proverbial reserva, talvez influencie o comportamento de todos em sociedade.

    Então, do ponto de vista de quem entrou há pouco, ficam algumas dicas que talvez ajudem na renovação da Maçonaria Brasileira:

    1) Flexibilização do ingresso mantendo o rigor da sindicância.
    2) Revisão dos valores e apresentação clara aos jovens dos benefícios que terão ao ingressar na Ordem e ter de desembolsar uma grana.
    3) Inclusão de portadores de deficiência física
    4) Manutenção da Maçonaria como um lugar onde homens possam ser homens, sem precisar de um eterno policiamento do politicamente correto.

    Talvez a Loja seja o último refúgio para homens de verdade serem eles mesmos. Se esse refúgio acabar, restar-nos-á o boteco (de preferência “copo sujo”) ou ficar em casa.

    TFA!

    1. Caro irmão Zaqueu,

      eu também fui seminarista, durante quatro anos, e posso corroborar o que passei nesse ambiente nefasto sendo heterossexual, onde os pouquíssimos heteronormativos sentem um sentimento de inadequação muitas vezes diante de um peso massivo de seminaristas e clérigos homossexuais, sendo que muitos deles nem respeitam os votos de celibato e da castidade. Não sei se você já leu a obra chamada “A face mutante do sacerdócio” do padre Donald Cozzens, mas ele já alertava para o lobby gay no meio do clero, dos seminários e ordens religiosas, havendo uma rede de proteção e harmonização de subgrupos gays dentro de tais ambientes.
      Se houver homossexuais assumidos em loja, acredito que o bom número de heterossexuais tendem a equilibrar a situação e gerar um ambiente amistoso, heterogêneo e de tolerância entre orientações sexuais diferentes, diferentemente de uma minoria absoluta de heterossexuais em seminários e conventos, onde o assédio moral e sexual prevalecem contra os heteronormativos. Homossexuais sempre continuarão a ser minoria no mundo. Então, em uma loja onde, hipoteticamente, haja 7/10 de heteronormativos e 3/10 de homoafetivos, não veria o menor problema nisso.

    2. Com todo esse preconceito, não pode mesmo ser maçom…

      1. Lamento te desapontar nesse caso eespecifico, mas sou sim.
        Por outro lado, não se trata de PREconceito mas, sim, de CONCEITO e CONVICÇÃO.
        Respeito a todos, inclusive os que pensam e agem diversamente. Apenas me reservo o direito de ser seletivo e de frenquentar lugares onde me sinto bem.

  3. eu enxergo da seginte forma gays sim, mulheres nao? pq.

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