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O QUE O REAA BRASILEIRO COPIOU DA INGLATERRA?

É de conhecimento geral que a Maçonaria Americana serviu de inspiração e modelo para que Mário Behring criasse as Grandes Lojas Estaduais brasileiras e realizasse algumas adaptações nos rituais dos Graus Simbólicos do REAA praticado pelas mesmas, mas… e a Inglaterra, auto-intitulada berço da Maçonaria Especulativa? Nada nos “emprestou”?
Se o reconhecimento dos EUA estava garantido, não faria mal dar um passo adiante para um possível reconhecimento da Grande Loja Unida da Inglaterra. Talvez pensando nisso, pelo menos 04 características inglesas foram adotadas por Mário Behring:

Rosetas no Avental – como já foi registrado e comprovado, o avental original de Mestre do REAA era orlado de vermelho e com as letras “M” e “B” estampadas. Já o usado nos EUA pelos Mestres do Rito de York é orlado de Azul Royal com o “Olho que Tudo Vê” na abeta e o Esquadro e Compasso no centro do avental. O avental orlado de azul celeste com rosetas azuis é típico da Inglaterra, e de lá copiamos.

Cerimônia de Instalação – a Instalação tem seus primeiros registros na Inglaterra ainda no século XVIII, o que explica sua existência também no Rito de York. A cerimônia foi mantida após a fusão inglesa de 1813 e posteriormente “adotada” pelo REAA e por muitos outros Ritos.

Colunetas – Presentes no Ritual Emulação e em outros Rituais aprovados pela UGLE, as colunetas surgiram como uma feliz surpresa no ritual de Behring de 1929, ilustrando as Ordens Arquitetônicas nas Lojas brasileiras.

Painéis dos Graus – pintados por John Harris para a Loja Emulação de Aperfeiçoamento, da qual ele era membro, os painéis oficiais do Ritual Emulação também foram adotados pelas Grandes Lojas brasileiras e também pelo GOB, o qual retornou aos originais apenas na década de 80.

Apesar dos aparentes esforços de Mário Behring, a Grande Loja Unida da Inglaterra recusou-se inicialmente a reconhecer as Grandes Lojas brasileiras. Mas com o passar dos anos, ela já reconheceu 04 Grandes Lojas: GLESP, GLMERJ, GLMEES e GLMMS. E vem flertando com outras.
Parece que, se algumas adaptações ritualísticas não funcionaram, não há nada que um pouco de boa política não resolva.

3 comentários sobre “O QUE O REAA BRASILEIRO COPIOU DA INGLATERRA?

  1. Boa noite
    Pertenço a potência do rj GLMERJ ( REAA) e gostaria de saber se possível sobre as rosetas no avental de mestre maçom, qual o seu significado P o maçom e o que significa.
    Fico agradecido é um TFA

  2. Realmente, temos um mix de USA e Inglaterra.
    Como eu conseguiria um exemplar dos rituais simbõlicos usados atualmente pelas Grandes Lojas, de 1928?
    Gostaria de conhecer os rituais introduzidos pelo talentoso e poderoso Mário Behring, aqui no Brasil.

    Um T.’.A.’.F.’.

  3. Os ritos estão em constante mutação, seja para melhor ou pior. Mas uma certa governança deveria ser mantida, falo isso devido a morar em uma região da Bahia, e temos contato com 4 “versões” diferentes do REAA(BA, ES, MG e a versão do GOB). Vejo que o Supremo Conselho faz muito pouco para evitar mudanças nos seus rituais pelas Grande Lojas, e elas não fazem nem questão de não evitar as mudanças (desde que iniciei, irei para a “3 ed.”).

    E quais as causas disso? A Grandes Lojas por administrarem os 3 graus, podem fazer o que quiser?, o Supremo com medo de represaria faz pouco caso?

    Certo fez o Rito de York, em que a grande loja, faz no máximo colar um selo do timbre na contra capa. rs

    Kennyo Ismail – Meu Irmão Ernesto, as Obediências Simbólicas são soberanas no que tange aos graus simbólicos, não podendo haver ingerência do Supremo Conselho sobre o simbolismo, incluindo seus rituais. Quando se trata do REAA, por exemplo, imagine que, quando o Rito ganhou esse nome e a quantidade de graus, nos EUA, em 1801, não havia rituais do Simbolismo, exatamente porque fugia de sua alçada. Mas nada impede que, no caso do Brasil, as Obediências procurem o Supremo Conselho como fonte de seus rituais simbólicos, em especial as Grandes Lojas, considerando o tratado de Behring. Mas, enquanto soberanas, isso deve partir das mesmas. Não do Supremo Conselho.

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