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A ORIGEM DO REAA

Afinal, qual é a origem do Rito Escocês Antigo e Aceito? Ele é Escocês, Francês ou Americano?
Os estudiosos de plantão afirmam sem pestanejar: “É francês!”
Mas na verdade, a resposta mais prudente seria: “Depende!” Pois, nesse caso, tudo depende do que você considera por “origem”.
Se você responder que a origem do REAA é escocesa, você não estará de todo errado. A base do Rito é tida como levada pelos Stuarts e sua corte, quando exilados na França. Todos eram de famílias escocesas.

Já se você responder que a origem do REAA é francesa, isso não será um equívoco. O rito só criou forma na França, onde foi batizado como “Rito de Heredom”, possuindo 25 graus, e a partir de onde foi difundido.

Por último, se você responder que a origem do REAA é americana, não terá como desmenti-lo. Foi nos EUA que surgiu o termo “Rito Escocês Antigo e Aceito” para denominar o sistema composto pelos 25 graus do Heredom e mais os 08 graus lá criados, formando o sistema de 33 graus como é praticado hoje. Nos EUA nasceu o 1º Supremo Conselho do REAA no mundo, em 1801.

Desse modo, se você considerar a origem com base no nome e formato, o Rito é americano. Se considerar a origem com base no local onde sua prática começou a se desenvolver, o Rito é francês. Mas se considerar a origem com base em suas raízes e tradições, o rito é escocês.
Não há como dizer que uma origem é mais legítima que a outra. No mundo inteiro, os negros são chamados de afrodescendentes, os descendentes de japoneses de nipônicos, os judeus de sionistas. Os bisnetos de irlandeses nascidos nos EUA ainda se consideram irlandeses. Em todos esses casos, a origem não está no local onde nasceram, mas no local onde, de alguma forma, estão suas raízes. Foi seguindo essa linha de raciocínio que os americanos denominaram o Rito de “escocês”, pois as raízes do rito são realmente escocesas. Já seguindo o ponto de vista formal, legal, o rito é indiscutivelmente americano, pois foi nos EUA que ele foi organizado, nomeado, registrado, publicado, e onde a primeira organização para administrar o Rito foi criada. Porém, ao observar suas práticas, não há como descartar a essência da Maçonaria Francesa, incrustada em seus rituais.

Enfim, temos então um rito de raízes escocesas, desenvolvido na França e concluído nos EUA.

18 comentários sobre “A ORIGEM DO REAA

  1. I.'.Kennyo, agradeço em nome de todos os II.'. de minha loja a oportunidade que nos foi dada através desse seu esclarecimento. Esse seu texto estará arquivado em nossa biblioteca para que futuros II.'. possam dele desfrutar no entendimento de nosso rito. T.'.F.'.A.'.
    Alexandre M Varela, A.'.M.'.
    ARLS Fraternidade Universal 70 – Curitiba/PR

  2. Meu Ir.'. Alexandre,
    Fico feliz em poder colaborar de alguma forma.
    Coloco-me a sua disposiçao e a de todos os obreiros da Fraternidade Universal para vossas sugestoes e criticas.

    TFA

  3. Excelente artigo, como sempre…Podemos emprestar esse seu fluxo?

    Kennyo Ismail – Sim. Só solicito que cite a fonte, por favor.

  4. Parabéns, irmão Kennyo!
    Esse trabalho feito por você engrandece os acervos de conhecimentos da Sublime Ordem.
    TFAPP

  5. Texto muito bem esclarecedor. Parabéns a quem o escreveu! foi edificante para mim…Abr.: frat.:(prof.Morais/Divinópolis/MG)

  6. a essencia nao esta na fissiologoa , mais em sua essencia espiritual a alma de onde brotou neste caso e[ f.e ] fraterno

  7. Texto riquissimo e maravilhoso

  8. Excelente peça, sucinto e esclarecedor. TFA!

  9. Posso publicar este no grupo de aprendizes da loja ou tem alguma restrição?

    Kennyo Ismail – Fique a vontade!

  10. Excelente prancha!!!
    Por acaso teria mais informações acerca dos Stuarts, exilados na França?

    TFA

    José Alexandre do Nascimento Alves
    ARLS Ad Gloriam Et Sapientiam, 97 – Muriaé/MG

  11. Que maravilha! Curto e objetivo. Sem rodeios e muito explicativo! Obrigadi Ir.’. Kennyo! TFA

  12. Um ótimo texto muito exclarecedor.

    Parabéns!!!!

  13. Como sempre, o Irmão Kennyo Ismail com excelentes textos.
    Sucinto, consistente e esclarecedor.
    Vou divulgar. Com os devidos créditos, é claro.
    Parabéns três vezes.
    Elmo Nélio Moreira – MI
    Loja Maçônica Itaúna Livre – Oriente de Itaúna-MG

  14. Parabens

  15. Excelente Post Ir.’. Kennyo, de forma bastante compacta e muito esclarecedora. Se avaliarmos sob o todos os pontos de vista, podemos dizer que é Escocês pela origem dos Stuarts, Francês pelo local onde foi idealizado e Americano pelo complemento, nome atual e difusão. Muito Obrigado pelo excelente trabalho. T.’.F.’.A.’.

  16. Excelente artigo, aliás, como outros que já tive o privilégio de ler. Agora, estou lendo a obra: Ordem sobre o caos, também do Ir.’. Kennyo. T.’. e F.’. A.’.
    ARFGBLM Hiram nº 7, Or.’. de Niterói, RJ. Jurisdicionada à GLMERJ.

  17. Mano Kennyo, vc sempre nos agracia com essas pérolas de artigos, gratidão 🙏.
    Observando o referido, me vem uma dúvida: Se o “REAA” transitou da região do Reino Unido à França, “Escocia”, EUA, e retorna para França com o Conde de Grasse-Tilly onde organizou os graus “simbólicos” já que nos EUA só foi permitido organizar do 4a ao 33 grau, considerando que desde a época de Athelstan se praticava o Craft “Inglês”, que bifurcou-se em Modernos e Antigos, e deram suporte para gerar basicamente todos os outros ritos e rituais, pergunto: Em que momento o Craft se transforma/influencia em “REAA”? Na passagem dos Mordernos para Heredom, ou no momento Grasse-Tilly em 1804? Ou…..?

    Bração,

  18. Excelente, suscinto e esclarecedor o texto. Parabéns irmão.

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