A Escola No Esquadro inspirou-se na iconografia do Rito Escocês Antigo e Aceito ao desenvolver seu brasão, o qual é formado por uma coruja de asas abertas, cujas pontas apontam para cima; tendo acima de sua cabeça o chamado Olho da Providência. Suas garras estão sobre uma espada decorada com uma fita pendente, desde a base de sua lâmina até próximo da ponta. Na fita, lê-se “LUZ NA MAÇONARIA”. Abaixo, aparece seu nome distintivo: Escola No Esquadro.
Tomando a coruja por elemento central, tem-se a transmissão de seu significado simbólico de conhecimento, inteligência e sabedoria, diretamente relacionados ao conceito educacional. Sabe-se que na mitologia grega, Atena, deusa da sabedoria, possuía uma coruja de estimação que também a representava simbolicamente. Os romanos renomearam Atena como Minerva, dando à sua coruja um papel protagonista em sua história.
Muito se pode refletir sobre a escolha da coruja como símbolo do conhecimento. Como um animal noturno, a coruja está ativa, atenta e observadora. Trata-se da habilidade de enxergar o oculto, explorando a mínima luz em plena escuridão. Não seria à toa que os gregos utilizavam do termo “gláuks” para se referir à coruja, que significa “cintilante”, ou seja, que irradia luz.
As asas da coruja aberta, com as pontas voltadas para cima, transmitem a ideia de alçar voo, ou seja, de ascender-se, simbolizando a elevação, o desenvolvimento, a evolução intelectual e moral do maçom por meio da educação maçônica, dessa busca de luz na Maçonaria.
E logo acima da cabeça da coruja está o Olho da Providência, ilustrado pela forma tradicional, que também é a adotada pela Maçonaria: contido em um triângulo. Está presente como um lembrete de que a evolução é um ato de aproximar-se Dele, o Grande Arquiteto do Universo, que emana toda a Luz. Assim, a ascensão é em Sua direção, sabendo-se que não se pode alcança-Lo, como se fosse possível alcançar a perfeição, mas deve-se sempre evoluir, aperfeiçoar-se. O Olho da Providência também nos recorda de que a Maçonaria é uma ciência de moralidade eminentemente teísta, em que a busca da verdade e a fé são compatíveis e, em muitos sentidos, entrelaçam-se e interagem entre si.
A espada sob as garras da coruja simboliza a luta do maçom em busca de conhecimento (luz) contra a ignorância, a intolerância e o fanatismo, três inimigos da sabedoria que leva à verdade. E a fita pendente que a decora, inscrita com o moto da Escola No Esquadro, “Luz na Maçonaria”, faz menção à simbologia da busca por luz para ilustrar a busca da verdade, simbologia essa muito bem explorada pela Maçonaria.
Por fim, seu nome distintivo, “Escola No Esquadro”, remonta a esse termo, tão comumente presente nos escritos maçônicos: “no esquadro”, tradução do termo em inglês “on the square”. O termo “no esquadro” está relacionado ao que é correto e à confiança, já que uma peça no esquadro significa uma peça feita corretamente, que pode servir como base e modelo para outras peças, e devidamente utilizada na construção. Assim, um maçom que está “no esquadro” é honesto e confiável, podendo servir como modelo a ser seguido dentro e fora da Maçonaria.
O nome “Escola No Esquadro” é apresentado em uma grafia que tem por característica a presença de vários ângulos retos, o que harmoniza com o nome, considerando que o esquadro é a ferramenta que proporciona tal ângulo; e passa a ideia de solidez pela largura de seus traços ilustrados como fortes linhas retas, o que também harmoniza com o significado maçônico do termo “no esquadro” de honestidade e confiança, ou seja, de retidão, que é uma base forte para qualquer construção, em especial as sociais.
Kennyo Ismail
P.S.: A arte do brasão foi desenvolvida pelo Irmão Cássio Xavier, que teve a capacidade de elaborar o design com base nos conceitos e ideias apresentados, e a paciência para atender todos os pedidos de testes e modificações. Registramos aqui o nosso mais sincero agradecimento.
Sensacional ! Parabéns !
Parabéns, ficou muito bom o brasão.