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TELHAMENTO ou TROLHAMENTO???

Muitos irmãos considerados intelectuais de maçonaria já dissertaram sobre qual o termo correto para o exame de proficiência aplicado em visitantes desconhecidos em Lojas Maçônicas. Isso porque as Grandes Lojas brasileiras adotam o termo “trolhamento” enquanto que o GOB adota o termo “telhamento”.
Praticamente todos os que se deram o trabalho de escrever sobre o referido tema, incluindo aí José Castellani, Rizzardo da Camino, e muitos outros, concordaram que o correto é “telhamento”, justificando que “telhamento” tem relação com telhado, cobertura, que simboliza a proteção da Loja, já que o telhado protege o templo das intempéries. E isso se encaixa perfeitamente com a ação de examinar os visitantes desconhecidos, de forma a impedir a entrada de profanos. Daí, esses autores de trabalhos, pranchas, peças de arquitetura e livros reforçam ainda mais essa teoria dizendo que “trolhamento” é trabalhar com a trolha e argamassa, atividade que não teria relação alguma com “cobertura”, ou seja, com a proteção do templo. Correto? Vejamos:
Consultando o Dicionário Priberiam da Língua Portuguesa (dicionário do chamado “português europeu”, visto que o REAA praticado no Brasil tem suas raízes na França e em Portugal, com muitos maçons brasileiros do século XIX tendo iniciado na Maçonaria quando dos estudos em Lisboa), encontramos, entre alguns poucos, o seguinte significado para a palavra “trolha”: “operário que assenta e conserta telhados”. Sendo assim, no bom e velho português, “trolhamento” é assentar e consertar telhados. Já o termo “telhador” significa no mesmo dicionário “aquele que telha”, e o verbo “telhar” significa “cobrir com telha”.
Sim, é exatamente isso que você pensou: se você mora em Lisboa e está com uma goteira em casa, você chama “o trolha” pra consertar seu telhado. Ele faz um “trolhamento”, ou seja, um exame para verificar onde está o problema, e então realiza o conserto.
Dessa forma, pode-se entender que “telhamento” é fazer um telhado, enquanto que “trolhamento” é consertar um telhado. Ora, o templo já está concluído. O examinador apenas verificará se não há uma “telha” fora do lugar ou defeituosa, de forma a evitar uma “goteira”. Então, qual é o termo que melhor se encaixa à ação do examinador? Trolhamento. O examinador está sendo um “trolha”, assentando, ou seja, avaliando se os visitantes têm o nível (grau) necessário para participarem dos trabalhos, e impedindo assim a entrada de “uma goteira” em nosso lar maçônico.
Alguns desses escritores ainda sustentam essa tese de “telhamento”, dizendo que em inglês, o Cobridor Externo é chamado de “Tiler” (termo que gerou o nome Tyler) que, para eles, poderia ser traduzido como “telhador”, ou seja, quem constrói telhados. Mas esse é apenas outro erro grave de pesquisas superficiais. O Dicionário Cambridge de Língua Inglesa, um dos mais completos e respeitados, registra “tiler” como “a person who fixes tiles to a surface”, ou seja, “uma pessoa que CORRIJE telhas de uma superfície”. Conforme o mesmo dicionário, o termo em inglês para quem constrói telhados é “roofer”.

Concluindo: o termo mais apropriado para o exame de visitantes é: TROLHAMENTO.
Parabéns àqueles que mantiveram o uso do termo correto, mesmo contra toda a “literatura maçônica brasileira” que ditava o contrário.

45 comentários sobre “TELHAMENTO ou TROLHAMENTO???

  1. Meu caro Irmão. Conforme verá ou já viu em outro dos seus artigos (ou posts, como queira) eu até então discordava do uso do termo trolhamento, exatamente porque faltava aos adeptos do termo, nos dar uma explicação plausível. Parabéns pela argumentação. O trolhamento ganhou um adepto.

    1. meus caros, quanto absurdo agente vê não é? tudo é uma questão de definição, o que é trolha? resposta simples: na Ordem trolha é o instrumento usado pelo pedreiro para assentar tijolos ou blocos, serve ainda para retirar o excesso de argamassa, ou seja é a “a colher de pedreiro”, na Ordem usamos tal instrumento para apaziguar os animos entre IIr.’. quando há uma controversia, daí dizemos, foi passada a trolha entre os IIr.’. em questão, ou seja, os IIr.’. foram trolhados, agora se alguns acham que um dicionário Luzitano serve como base para se definir a trolha, isso no minimo é uma temeridade, pensem bem…

      Kennyo Ismail – É… realmente muito absurdo por aí… alguém pensar que é o Aurélio em pessoa, restringindo a definição de trolha ao que ele sabe, e mandando desconsiderar um dicionário português em respeito ao que ele acha, como se o ritual do REAA no Brasil tivesse brotado da terra, por geração espontânea, e não vindo do Grande Oriente Lusitano. Isso realmente é temerário, pense bem… Herdamos o ritual dos portugueses (e a língua também), mas não podemos em hipótese alguma olhar o dicionário português, porque trolha é colher e ponto final! É muito absurdo o que A GENTE (escreve separado, Aurélio!) vê por aí.

      1. Perfeito .

    2. Caros Irmãos,
      O verbo “to fix” não significa apenas “corrigir” ou “arranjar”…
      Na realidade tem cerca de duas dezenas de significados diferentes, sendo um deles “aplicar”…
      O “Tyler” (designação arcaica de “Tiler”) é literalmente aquele que aplica telhas, um Telhador.
      E em sentido mais amplo é aquele que cobre, i.e., que aplica uma cobertura! Daí a variante “Cobridor” (do francês “Couvreur”).
      Prefiro o termo original, em inglês. Afinal já lá lá vão 300 anos… de Maçonaria!
      Para se compreender bem a razão da palavra “Telhador” tem que se ter presente que simbolicamente não existe o tecto numa Loja inglesa, pois está pintado de azul escuro, com estrelas…, simulando a abóbada celestial.
      Abraço fraterno,

  2. Meu Caro Irm.: a língua portuguesa é muito dinamica. Várias palavras surgem da junção de outras palavras e até de palavras estrangeiras "abrasileiradas" a todo momento, a meu ver ambas as duas representam uma só coisa " proteger o Telhado, de uma eventual Goteira". Telhamento seria um Português Brasíleiro e Trolhamento em um Português Lusitano.

    TFA.
    Irm.: Neto

  3. Meu Irmão Neto, sim, claro. Você está certíssimo. O termo "telhamento" não é errado, assim como o termo "trolhamento" não é, ao contrário do que muitos escreveram. A intenção é apenas explicar o motivo do termo "trolhamento", e compreender que inventaram o termo "telhamento" porque o significado original do termo "trolhamento" se perdeu com o tempo. E quando se tem um termo original, legítimo, e um termo novo, inventado por desconhecimento do original, logicamente podemos afirmar que o termo mais apropriado é o original, legítimo. É por isso que tomei o cuidado de escrever "mais apropriado".
    TFA,
    Kennyo Ismail

  4. Ir.'.,

    Considere que o Templo não se encontra concluído, mas em construção.

    Destarte, utilizando os seus próprios argumentos, diria que o termo mais correto é "telhamento".

    C.'.A.'.M.'.!!!

  5. Ir.'. William, não posso considerar isso, porque os templos das Lojas foram concluídos. Se não tivessem sido, não seria possível verificar se está a coberto, pois de toda forma não estaria. Não confunda Templo de Salomão com Templo Maçônico. Esse é um grave erro que alguns Irmãos costumam cometer. É uma questão alegórica, e não de se levar ao pé da letra. Não temos altar dos holocaustos, vasos, bacias, colheres, varais, querubins, palmeiras, como tinha no Templo de Salomão. Assim como o Templo de Salomão não tinha tronos de Primeiro e Segundo Vigilantes, Pavimento Mosaico e muitas outras coisas que os nossos templos têm.
    Meus argumentos não são de caráter simbólico, como você sugeriu, mas de resgate histórico da língua portuguesa, considerando que adotamos o termo da Maçonaria de Portugal. Trolhamento significa consertar telhado para evitar goteira, e é por isso do termo constar nos antigos rituais. Já o termo Telhamento é invenção nova.

  6. Ir.'. Kennyo,

    Obrigado pela célere resposta! Cheguei até o seu post, justamente, por ter dúvidas quanto ao termo mais apropriado.

    Considere, ainda, que não estamos no Templo, mas justamente em Loja, do lado externo do Templo, construindo-o…

    Bem… Acabei de ler um post de outro Ir.'. que corrobora com a adoção do termo "telhamento": http://pilulasmaconicas.blogspot.com/2010/01/n-61-trolhar-e-telhar.html

    Sinceramente, cotejei ambos os artigos e entendo que os dois possuem fundamentos válidos – continuo com a mesma dúvida: Telhamento ou Trolhamento? 🙂 rsrs

    C.'.A.'.M.'.!!!

  7. Ir.'. William, esse escritor, como muitos outros, comete o erro crasso de achar que trolhamento vem de "trolha" da colher de pedreiro. Não se deram ao esforço de pesquisar a origem da palavra. E então inventam um verbo "trolhar", que não existe, e inventam até um significado esotérico para o mesmo! É a típica teoria que nasce para dar a resposta que se quer, em vez de buscar a verdade, como a Maçonaria nos ensina.

  8. Ir.'. Kennyo,

    Obrigado pela atenção!!!

    Vou considerar o seu posicionamento e apresentá-lo aos demais IIr.'. – recentemente, estávamos comentando sobre isso.

    Aproveito o ensejo e deixo a sugestão para que produza um post sobre o Rito Schröder.

    Por mais uma vez,
    Obrigado!!!

    C.'.A.'.M.'.!!!

  9. Trolhamento e Telhamento
    Por Ricardo Vidal

    O nome do cobridor de uma loja maçônica, em inglês, é TYLER. Etimologicamente, o termo vem do substantivo “tile”, cujo significado é “telha” em português, e “tuile”, em francês. No idioma inglês, coloca-se geralmente um “erre” no final do substantivo para identificar o agente de uma ação ligada a ele: TYLE (telha), TYLER (telhador). Na vida comum, telhador é o profissional encarregado de cobrir de telhas ou AZULEJOS uma estrutura qualquer; que monta telhados em construções (e.g.:Tyler is a person who lays tiles) e que também assenta azulejos.
    Ocorre que as gírias “trolhamento” (troweling) e “telhamento” (tiling), além de não serem sinônimas, nunca foram usadas em rituais ingleses antigos como referência ao ato de se examinar um ou mais maçons visitantes, E SIM AO ATO DE se COBRIR UMA LOJA INTEIRA, ou seja, verificar rapidamente se TODOS os presentes são maçons. Parecem iguais os termos “tiling”, “trolhamento” e “examination”, mas não são. Trolha (trowel) é o nome da colher que o pedreiro usa para misturar e espalhar o cimento sobre uma superfície a ser trabalhada, e não tem relação alguma com “telha” ou “telhamento”, no sentido maçônico da palavra. Em um ritual sem nome, datado de 1756, o autor afirma que a trolha é um instrumento que serve para “ocultar defeitos do maçom”, mas isso deve ser erro de interpretação ou impressão. Eu creio que a intenção dele era dizer “retificar as asperezas do maçom. Em outros, a Trolha aparece como instrumento para se perdoar faltas, o que me parece ser mais correto. Exemplo: “vamos passar a Trolha nessa animosidade sem fim!”
    O nome do ato de se investigar com rigor a “maçonicidade” de um desconhecido em inglês é simplesmente exame (EXAMINATION). Durante o procedimento, o examinador pede ao examinado toques, sinais, palavras e o faz responder perguntas catequéticas, tais como: de onde vindes, o que vindes fazer aqui, etc., etc., etc. Já o telhador (tyler) pede apenas que se faça o sinal quando a loja se acha composta e, em caso de dúvida, leva o suspeito para fora da loja e o submete a um EXAME mais rigoroso.
    Vejamos como os ingleses empregam esses e outros termos do vocabulário maçônico em um fragmento de texto que eu tirei do link abaixo:
    Ao cobrir [tiling] o interior da loja, o Segundo Diácono desempenha importante função como representante do Primeiro Diácono. Ele primeiro examina [ascertain] os presentes e depois comunica ao Ocidente (não seria Oriente?) que todos são Mestres Maçons. E eu gostaria de sugerir ao Primeiro Diácono e ao Cobridor que antes da abertura dos trabalhos, e durante a pausa para recreação, que eles permanecessem do lado de fora da loja, de modo que aqueles que vão ingressar, salvo os irmãos conhecidos ou acompanhados por alguém do quadro, possam ser examinados e testados. Este procedimento economizará tempo depois.
    In the tiling of the Lodge within, the Junior Deacon plays an important part as proxy of the Senior Deacon. He first ascertains and then reports to the West that all present are Master Masons. And I would like to suggest it to the Junior Deacon and to the Tiler that before the Lodge opens, and during refreshment, they remain at the outer door, that those who would enter, but for whom neither can vouch, be caused to remain outside until properly vouched for or examined. This procedure will save much time later on.
    http://www.freemason.com/library/osap14.htm
    Como se percebe, “telhamento” e “exame” são dois vocábulos aproximados, não necessariamente sinônimos. Para fixar na memória: o telhamento (tiling) consiste em fazer um rápido exame em todos os maçons presentes na loja antes da abertura dos trabalhos, após o venerável pedir para que fiquem “de pé e à ordem” e façam o sinal. O exame (examination) consiste em pedir o toque e a palavra ao maçom suspeito, bem como fazer com que ele responda algumas catequéticas que variam de um rito para outro. Trolhamento não tem nada a ver com o ato de examinar um maçom. O termo muito provavelmente foi inventado no Brasil.
    UM TFA
    Ricardo Vidal

    Kennyo Ismail – Meu irmão Ricardo, você mesmo já deu a resposta entre suas palavras: Para a Maçonaria anglo-saxã, não existe o termo Trolhamento ou Trelhamento. É apenas EXAME. Daí, nada temos que olhar para a Maçonaria anglo-saxã para entender a origem da palavra. Nossa Maçonaria veio originalmente de Portugal. Daí, logicamente, devemos buscar em Portugal a origem e explicação do termo que herdamos deles, portugueses, evidentemente. Telhamento ou Trolhamento não vem de “Tyler”, como muitos insistem, porque a execução do Telhamento e Trolhamento nada tem com o Tyler nas Lojas inglesas, americanas, irlandesas ou escocesas, e a palavra Trolhamento/Telhamento não existe para esses. Enfim, para coisas anglo-saxônicas, consultemos os anglo-saxões, para coisas latinas, consultemos os latinos. TFA, Kennyo Ismail

    1. Consultando os latinos:

      Etimologia da palavra “trolha”, extraída do Dicionário Houaiss:
      lat. trullìa < trulla,ae 'colher pequena de mexer panela, escumadeira pequena'; f.hist. 1416 trol, 1789 trolha

      A partir disso, certamente, a referência a "trolha" para designar pedreiro, ou qualquer trabalhador na construção – inclusive quem conserta ou constrói telhados – como aparece no próprio Houaiss (significados 4 e 5 – o último até menciona a expressão "meia-colher") se dá tão só por extensão de sentido, por associação com a ferramenta, de uso comum. Logo, se 'trolha' tem a ver com telhado, seu parentesco é bem mais distante do que o termo 'telha' cuja etimologia seria:
      lat. tegùla,ae 'telha, o que serve para cobrir'; ver teg-; f.hist. 1179 telia, sXIII tella, 1365 telha
      e da qual deriva o verbo 'telhar' e o substantivo 'telhador', ambos referenciados no mesmo dicionário.

      Kennyo Ismail – Errado. Ao se referir a um termo antigo e que herdamos de Portugal, você deve consultar um dicionário antigo e de Portugal, pois muitas palavras em Portugal não existem ou têm diferentes significados no Brasil. Trolha é uma delas.

      1. Bom, acho que é por isso que recorrer à etimologia da palavra, à sua origem no Latim, antes do Português, é crucial. Além do que, a ‘datação’ – recurso também presente no dicionário consultado, que, aliás, traz os diferentes significados da palavra, apontando inclusive o lugar onde eles vigoram, muitos deles em regiões de Portugal – de ambos os termos mostra claramente o seu ingresso na língua portuguesa antes mesmo da existência do Brasil. Pode-se até demonstrar, de algum modo, que a palavra ‘trolhamento’ era a original, ou ‘mais apropriada’, na prática ritualística; não descarto essa possibilidade. Porém penso que isso deva ser feito segundo outros fundamentos, com o apoio em outros argumentos. Os elencados até agora não têm sustentação bastante, ou, pelo menos, valem tanto quanto os que apresentei, assim como os dos outros IIr.:, em recurso à tradição inglesa.

        Kennyo Ismail – Discordo:
        1 – Tradição inglesa não usa o termo, e seu uso no Brasil foi originado em Ritual herdado de Portugal que passou longe da Inglaterra. Então, não tem sustentação.
        2 – Uma pesquisa deve sempre começar da origem, não da palavra, mas do uso da mesma no contexto em que ela está inserida. Ou seja, seu significado em Portugal do século XIX e não no latim.
        Agora, se o Irmão acha que o fato de TROLHA em Portugal antigamente significar o sujeito que CONSERTA TELHADOS, que acaba com GOTEIRAS, seja um argumento sem sustentação, creio que realmente não há o que argumentar, pois estaremos saindo da discussão lógica para juízos de valores.

        1. Meu Ir.:, gosto do seu blog, da iniciativa, da proposta. Mas acho que essa discussão, desde o início, está eivada de juízos de valor, de forma irremediável. E não vejo problema nisso, com tanto que se tenha clareza a respeito. O que se pode fazer, creio, é discutir desapaixonadamente; e fazer isso é dar espaço para dúvidas. Eu disse que os argumentos apresentados para defender a tese do Trolhamento são se sustentam, por que penso que não foram suficientes. Quem propôs sustentar a preferência do termo com base no significado – ou no uso semântico – que teria em Portugal foi você mesmo. E não se pode esquecer que “trolha” como “alguém que conserta telhados” não é o 1.º sentido listado pelos dicionários (inclusive o da sua preferência). É esta fragilidade que apontei. Em outro tópico, o Ir.: postou a cópia de um Ritual do GOB de 81, e fez juízos de valor a respeito dele. Acho essa saída mais válida para sustentar a opção por Trolhamento, baseada na nossa tradição – que, contudo, é historicamente recente e, como apontou outro crítico, também sujeita a falhas.

          Kennyo Ismail – Meu Ir.´. Marcos, é exatamente isso que acho que tem que ser feito, e que pelo menos tento fazer. Ambos sabemos que o termo original, pelos rituais, é TROLHAMENTO. Então, o que um processo sério de análise deve fazer, é buscar a compreensão das razões e motivações de adoção DESSE termo. Enquanto que tentar desconstrui-lo porque a Obediência não o adota mais, isso sim é paixão. Procurar justificar uma escolha moderna em detrimento do original em nada colabora. Por outro lado, da minha parte não há paixões ou juízos de valores sobre o tema. Apenas apresento um ensaio, o qual pode ser útil para pesquisas mais profundas, escrito sim de forma simples e polêmica, como de costume, como forma de colaborar com a discussão. É a minha forma de “sacudir” para a reflexão.
          Enfim, enquanto outros começaram suas pesquisas com o objetivo de “provar que o termo Telhamento é o mais apropriado e que o termo Trolhamento é equivocado” porque a Obediência adota Telhamento, comecei minha pesquisa por uma forma epismologicamente mais prudente: “Qual a origem e o significado do termo Trolhamento?”.
          Creio que meu ensaio foi um pouco mais longe do que a afirmação simplista de que “trolhamento vem de trolha e por isso não serve, enquanto que telhamento vem de telha, o que combina bem melhor”. Essa explicação “oficial” é, no mínimo, ofensiva à racionalidade dos Irmãos. Será que os Irmãos portugueses e brasileiros do século XIX não perceberam que telha seria bem melhor??? Devemos discutir sim, mas uma antítese deve ser seguida de nova tese.
          PS.: Alguém é realmente capaz de achar que o fato de “Trolha” nos dicionários portugueses estar relacionado com “conserto de telhados” pode ser apenas uma feliz coincidência? Que é um argumento “frágil”? Só se estiver “cego de paixão”.

        2. Telhamento, vem de telha.
          Trolhamento vem de trolha.
          Telhamento é o exame feito ao visitante pra conferir se é maçom. Verificar se o Templo está coberto, com telhas.
          Trolhamento, é para verificar se o maçom está apto a elevar de salário. Se está alisado e acabado com a trolha.

  10. Caro Ir.: Kennyo Ismail,

    Como sempre revisito os post antigos para relê-los, meditar e pesquisar.
    Lendo o também excelente blog portugues “A Partir Pedra”, deparei-me com o seguinte post analisando tópicos de As Constituições de Anderson: http://a-partir-pedra.blogspot.com.br/2012/07/regras-gerais-dos-macons-de-1723-xi.html.
    Aí pensei em congratular o seu autor e colocar a questão do “telhamento X trolhamento”. Veja meu comentário e questões e a resposta do Ir.: Rui:
    http://www.blogger.com/comment.g?blogID=29267133&postID=5086955243113124760

    Na esperança de contribuir para o debate.
    Um TFA

    Ricardo Lóes.

    Kennyo Ismail – Ir.´. Ricardo, contribuiu muito. E o Irmão Rui Bandeira também contribuiu ao publicar na resposta dele os significados constantes sobre “TROLHA” num dicionário português, constando no item 4: “Operário que assenta e conserta telhados”. Se hoje Portugal utiliza o termo “telhamento”, eu não tenho dúvidas. Assim como ninguém tem dúvida que esse termo é novo, que passou a ser usado apenas nas últimas décadas, e que durante todo o século XIX e metade do século XX o único termo utilizado foi “trolhamento”. A questão é: sabendo desse significado de “trolha” como operário que conserta telhados”, o termo “trolhamento” era errado? Logicamente que não. Não que o termo “telhamento” esteja completamente errado, mas entre o novo e o original, quando se trata de Maçonaria, prefiro o original. Mais uma vez obrigado.

  11. O termo “Trolhamento” também faz parte do vocabulário maçônico inglês. Nos antigos rituais da segunda metade do sécuilo 18 ele aparece exprimindo a idéia de perdão. Trolhar (troweling) significa perdoar faltas cometidas pelos irmãos. Ex: “vamos passar a trolha nessa disciussão que a nada leva”.
    Trolhamento e telhamento são, pois, dois vocábulos que absolutamente não se relacionam um com o outro. E, se o elemento português adulterou o signifgicado deles, como fez com centenas de outros nomes, inclusive nomes próprios, penso que seja nossa obrigação retificar o erro.
    Mas não foi só este o único vocábulo maçônico adulterado no Brasil, França, Espanha e Portugal. Há dezenas de outros, a começar pelo verbo “iniciar”. Um maçom não é iniciado na maçonaria inglesa e sim “feito” (made a freemason), ao passo que na Alemanha ele é admitido (aufgenommen). Na Inglaterra não existe “banquete ritualístico” e sim “table lodge” (loja de mesa), que na Alemanha chamam-se Tafelloge, que significa a mesma coisa. Até os toques de mão foram modificados no Brasili, mas como o assunto é comprido, paro por aqui ! UM TFA. Ricardo Vidal

    Kennyo Ismail – Meu Irmão Ricardo Vidal, conversei com dois ingleses agora e eles desconhecem esse significado para “troweling”. Pesquisei nos meus dicionários de inglês e esse termo não existe. E eu creio que você também não esteja certo em seu outro julgamento. A língua portuguesa tem origem latina, já a língua inglesa e alemã tem origem anglo-saxônica. Não dá pra misturar e impor algo de uma sobre a outra. Aliás, não se pode impor nem entre línguas próximas, como português e francês. Língua tem estreita relação com cultura, povo, nação. Uma mesma palavra de uma mesma língua pode ter significados diferentes em diferentes países em que aquela língua é falada. Isso ocorre muito com o espanhol e até mesmo com o português, entre Brasil e Portugal. Afinal de contas, quem nunca pegou “o rabo de uma bicha”? Esse termo significa “o final de uma fila”, em Portugal.

  12. Prezado irmão Kennyo
    Leia com atenção as notas e observações reproduzidas abaixo. Elas mais que esclarecem o assunto. Em caso de dúvida, escreva-me.
    THE FREE DICTIONARY
    TROWEL
    1. A flat-bladed hand tool for leveling, spreading, or shaping substances such as cement or mortar.
    2. A small implement with a pointed, scoop-shaped blade used for digging, as in setting plants.
    tr.v. troweled or trowelled, troweling or trowelling, trowels
    To spread, smooth, form, or scoop with a trowel.
    ROBERT MACOY
    Robert Macoy, in his book, The Masonic Ritual, informs us that
    “the Trowel is an implement made use of by operative Masons to spread the cement which unites the building into one common mass; but we, as Free and Accepted Masons, are taught to make use of it for the more noble and glorious purpose of spreading the cement of brotherly love and affection; that cement which unites us into one sacred band, or society of friends and brothers, among whom no CONTENTION SHOULD EVER EXIST, but that noble contention, or rather emulation, of who best can work, and best agree.”
    This charge, as Macoy gives it, has remained relatively unchanged to this day, and is still used by most American and some Canadian Lodges.
    The Trowel has been, and still is, a respected Working Tool in the Craft throughout much of the world and, even though we may not use it ourselves, it may still provide us with much symbolism on which to moralize.
    By: R.W.Bro. Kenneth Melsted;
    THOMAS SMITH WEBB
    TROWEL… to spread the cement of brotherly love and affection, that cement which unites us into one sacred band or society of brothers, among whom no contention should ever exist, but that noble emulation of who can best work or best agree …
    TROWEL
    The Working Tool of the Master Mason. Symbolically, to spread the cement of Brotherly Love to fit the capstone to complete the building.
    DUNCAN´S MASONIC RITUAL
    by Malcon Duncan
    The trowel is an instrument made use of by operative masons to spread the cement which unites a building into one common mass; but we, as Free and Accepted Masons are taught to make use of it for the more noble and glorious purpose of spreading the cement of brotherly love and affection; that cement which unites us into one sacred band, or society of friends and brothers, among whom no contention should ever exist, but that noble contention, or rather emulation, of who best can work and best agree.
    http://www.sacred-texts.com/mas/dun/dun04.htm

    MASONIC ETIQUETTE
    Masonic Etiquette Summary: Masonic etiquette is simply the rules of good manners which make lodge meetings pleasant for everyone.
    Good manners imply observance of the formal requirements governing man’s behavior in polite society and a sense of what is appropriate for a person of good breeding with high morals and good taste.
    The spirit of brotherly love and affection, by which we are bound together, will be exemplified in our conduct, our carriage and our behavior at all times.
    It is my hope that you will use your trowel to cement the stones of brotherly love for the “More Noble and Glorious Purpose” of exhibiting these rules of Masonic Etiquette toward one and all within the brethren.
    THE USE OF THE TROWEL (o emprego da trolha)
    Every Builder should be helped to that realization, so beautifully described by Joseph Fort Newton, which comes to proficient Craftsmen who have learned to use the trowel:
    “When is a man a Mason? When he knows how to sympathize with men in their sorrows, yea, even in their sins – knowing that each man fights a hard battle against many odds… When no voice of distress reaches his ears in vain, and no hand seeks his aid without response. When he finds good in every faith that helps any man to lay hold of divine things and sees majestic meanings in life, whatever the faith may be… When he knows that down in his heart every man is as noble, as vile, as divine, as diabolic, and as lonely as himself, and seeks to know, to forgive, and to love his fellow man.”

    Creio que os exemplos acima, extraídos de obras produzidas por duas autoridades maçônicas respeitadas mundialmente, bastam para passarmos a trolha neste assunto, em caráter definitivo.
    UM TFA. RICARDO VIDAL

    Kennyo Ismail – Meu Irmão Ricardo Vidal, sobre TROWEL, ou seja, TROLHA, sim, tá tudo certíssimo, todos nós temos ciência disso e tenho acesso a todo esse material em minha biblioteca, você não precisava se dar ao trabalho. Por sinal, meu inglês é razoavelmente bom e quase todas as minhas fontes também são em inglês. Porém, como eu disse anteriormente, TROWELING não existe, muito menos o significado que você deu à palavra inventada. Daí o fato de não devermos buscar na língua inglesa o seu significado, visto esse termo não ser usado em inglês. Creio que essa lógica basta para passarmos a trolha neste assunto em caráter definitivo!

  13. Prezado Irmão
    Note nos títulos dos vídeos abaixo o emprego do termo TROWELLING. Favor observar também que o referido termo é grafado indiferentemente com um ou dois eles, quando empregado em forma de verbo (TO TROWEL).
    Trowelling up the plaster – final stage
    (Trolhando o gesso – estágio final)
    http://www.youtube.com/watch?v=f8yNPaf3naY
    Plaster board jointing – trowelling an unlevel join
    (União de placas de gesso – trolhando uma junta irregular)
    http://www.youtube.com/watch?v=s6h6viRDGx8&feature=relmfu
    Masterfinish Trowelling Machine –
    (Máquina de trolhar Mastefish – TROLHADORA)
    http://www.youtube.com/watch?v=m12_efRqsO0
    Barikell 4-120 Trowelling Machine –
    Máquina de trolhar Barikell (TROLHADORA)
    http://www.youtube.com/watch?v=8by4VKpYy-Y&feature=relmfu
    De volta ao texto anterior, de autoria de THOMAS SMITH WEBB:
    TROWEL… to spread the cement of brotherly love and affection, that cement which unites us into one sacred band or society of brothers, among whom no contention should ever exist …
    Tradução: TROLHA … para espalhar o cimento do afeto e da amizade fraternal que nos une em uma confraria sagrada de irmãos, entre os quais jamais deverá haver discórdia …
    Assim, o verbo “trolhar” significa, como explicado antes, o ato dirimir discórdias, perdoar faltas ou ofensas cometidas por irmãos.

    Eu gostei da TROLHADORA da Master Finish. Vou sugerir aos irmãos da minha loja a aquisição de uma para trolhar os portugueses que frequentemente nos visitam. A julgar pelo vídeo, parece que o equipamento tem capacidade para trolhar três de um vez só.(hehehe …)
    UM TFA. RICARDO VIDAL

    Kennyo Ismail – Meu Irmão Ricardo Vidal, você fez o favor de tirar uma parte do texto de Webb para se encaixar na sua interpretação. “TROWEL is a INSTRUMENT made use of by operative masons” (…). Veja que é um SUBSTANTIVO e não um VERBO. Webb nunca utilizou o verbo trolhar, nem Preston, nem Duncan e nem o Ritual de Emulação. Não há o uso do verbo trolhar na Maçonaria Anglo-saxã, até porque esse verbo NÃO EXISTE na língua culta. É como eu pegar a colher e inventar o verbo “colherar”. Isso é forçar a barra. Você só está repetindo com a língua inglesa de fundo o discurso de Castellani e outros que achavam que “Trolhamento” estava relacionado à ferramenta TROLHA, a famosa “colher de pedreiro”, mas não. Herdamos o termo de Portugal, do então Grande Oriente de Portugal, e lá o termo “trolha” tem um significado fortemente relacionado a TELHADO. Como querer explicar um termo usado no Brasil com a língua inglesa, se o termo veio por meio de um ritual de Portugal e os rituais de língua inglesa não utilizam o mesmo termo? Não dá pra ver o quanto abstrato e vago é tal caminho?

  14. Prezado Irmão Kennyo
    Agora verifique o que está escrito em dois bilhetes que recebi de irmãos portugueses :
    Irmão Joaquim Barreira Gonçalves escreveu de Portugal:
    MMQIR.´. Ricardo Vidal
    Esclareço que, em Portugal, a expressão equivalente a “trolhamento” ou “telhamento” é RECONHECIMENTO. Ato que é complementado pela apresentação do “Passaporte” e respostas a ” Questionário”.
    Quanto ás expressões trolhamento e telhamento são exclusivas do nosso país irmão, o Brasil.
    Na expetativa de a resposta ter sido útil envio um TAF.´.
    Joaquim Barreira Gonçalves
    Irmão Rui Bandeira escreveu de Portugal:
    Prezado Irmão Ricardo:
    Em Portugal utiliza-se “telhamento”.
    Sobre o assunto, recomendo a leitura do seguinte texto, com cujo teor concordo inteiramente:
    http://filhosdehiran.blogspot.pt/2012/09/tempo-de-estudo-o-telhamento.html
    Tríplice Abraço Fraterno.
    Rui Bandeira
    Portanto, irmão Kennyo, o Castellani está certo E VOCÊ ESTÁ ABSOLUTAMENTE ERRADO. Cabe a você, agora, retirar – ou retificar – esta prancha do teu blog porque ela pode prejudicar uma reputação que você está começando a construir como pesquisador maçom.
    TROLHAMENTO É COISA DE BRASILEIRO, E PONTO FINAL !
    UM TFA
    Ricardo Vidal

    Kennyo Ismail – Meu Irmão Ricardo Vidal, admiro sua insistência, mas não consigo imaginar o que leva você a achar que a opinião de dois irmãos portugueses é regra para determinar o que é certo ou errado, ainda mais pra mandar eu retirar algo do blog. São apenas opiniões como a sua ou como a minha. Não importa se HOJE a Maçonaria Portuguesa usa trolhamento, telhamento ou reconhecimento! ORIGINALMENTE ela usava TROLHAMENTO e isso QUALQUER RITUAL ANTIGO PODE PROVAR. Estamos tratando aqui da ORIGEM e não da ATUALIDADE. Respeito a opinião dos irmãos portugueses, respeito a sua, mas a minha está baseada em FATOS e em LÓGICA e, até o presente momento, você ou qualquer outro irmão ainda não mostrou algo que a desabone. E tem mais, meu Irmão: estamos todos aqui para aprender. Estamos todos passíveis de erro. Para não errar, basta não fazer. Se eu errar aqui no blog, e já errei anteriormente, tenho e terei o prazer de corrigir o erro! O maior erro que alguém pode cometer é não aceitar argumentos fraternos, e para isso estou sempre aberto. Aprendi com seus comentários e aprendo com todos os e-mails que recebo, e é por isso que escrevo: para dar minha contruibuição para a reflexão e o debate. Obrigado. TFA.

  15. Caro Ir.: Kennyo Ismail,
    Fiquei um pouco preocupado em, ao reavivar o tema do seu post, ter criado certo agastamento ao citar a opinião do Ir.: Rui Bandeira, principalmente em vista da veemência das mensagens anteriores com o Ir.: Ricardo Vidal, que também citou o referido Ir.: português.
    Todavia não mais agora, já que o Ir.: Rui Bandeira abordou o tema novamente em seu blog “A partir da Pedra”, inclusive citando o seu posicionamento. Confira em: http://a-partir-pedra.blogspot.com.br/2012/10/regras-gerais-dos-macons-de-1723-xxv.html.
    Acredito que ele, apesar de respeitosamente discordar de você, serenamente também pontuou que a questão não pode ser tratada num viés positivista extremado de “certo” ou “errado”.
    Já eu acho que apenas faltou a ele pontuar, como você o fez, que a justificativa para se acatar o termo “telhamento” e/ou se refutar “trolhamento” NUNCA pode ter como fundamento a suposta origem na palavra inglesa “Tiler” (Cobridor Externo).
    Para finalizar, o que posso dizer é que tem sido uma experiência excelente aprender com o aprofundamento do estudo da questão feito por dois estudiosos IIr.: que exercitam a salutar característica de serem livres pensadores.
    Novamente na esperança de contribuir para o debate.
    TFA.
    Ricardo Lóes.

    Kennyo Ismail – Meu Ir.´. Ricardo, obrigado pelo comentário. Gostei muito do trabalho do ilustre Irmão Rui Bandeira, e darei continuidade à saga do Telhamento / Trolhamento levando em consideração as questões levantadas. Isso é muito interessante, pois tem ocorrido a busca por fontes e a criação de argumentos racionais de várias partes, construindo teses um tanto quanto fundamentadas, bem diferente da repetição desenfreada de achismos e invencionices de sempre. Estamos utilizando da dialética e isso é ótimo, porque o resultado sempre será mais claro do que o anterior.

  16. Muito interessante suas colocações.
    TFA

  17. Gostaria de parabenizar o Ir.’. Kennyo Ismail pelas colocações lúcidas que fez acerca do assunto, aproveitando a oportunidade, para dizer que entendo mais adequado o modo como fez a abordagem, isto é, pega-se o termo que É utilizado e procura-se o fundamento histórico do mesmo.

    T.’.F.’.A.’.

  18. Isto sim é desbastar a pedra bruta.
    TFA
    Ir. Petronio Pires Teixeira

  19. Trata-se de um ótimo assunto a ser debatido. Parabens Um T.'. F.'. A.'.

  20. Trabalho muito interessante e esclarecedor!

  21. um dos melhores trabalhos que já tive o prazer de lé

  22. Boa noite, dias atras pediram para nós fazermos um trabalho sobre trolha ( assim esta no G.´. A.´. M.´.) e estive pensando como fazer o mesmo.
    Já ficou facil
    TFA

  23. Parabéns pelo trabalho realizado.
    Quero crer que as colocações favoráveis ou não, são com toda a certeza, interpretações elaboradas de acordo com o desenvolvimento de cada um.
    A humildade e compreensão de cada um é o que mais conta dentro de todo o processo.
    TFA

  24. Como dizia o Chacrinha, alguns Irmãos vem para confundir, não para explicar.Deixando a semântica e o vernáculo de lado, o termo correto é TROLHAMENTO. Porque? Porque a trolha é o instrumento que o pedreiro utiliza para homogeneizar a argamassa e RETIRAR dela as “impuresas” na construção de sua obra; Todos os Remplos Maçônicos não tem telhado! Simples assim.

    Kennyo Ismail – Mano Waldemar, só um pequeno detalhe… “templo” maçônico é um negócio bem recente e de uma minoria da Maçonaria. Originalmente, as Lojas se reuniam no fundo de tabernas, bares, restaurantes, construções e até bordéis. Não havia nada de “sagrado” nos locais de reuniões, e muito menos de abóbada celeste. E até hoje, na maioria da Maçonaria no mundo, o local de reuniões é chamado simplesmente de “Sala da Loja” e não de “templo”. Essa história de templo, de sagração e de abóbada celeste é coisa de igreja, influência sobre os rituais maçônicos, assim como o Oriente elevado, a balaustrada e, principalmente, o tronco de solidariedade. Quer algo mais “católico” do que um saco de coleta de dinheiro circulando? Os ritualistas que enxertaram esses traços em muitos Ritos, esses sim, vieram pra confundir.

  25. Muito esclarecedor. Trabalho excelente. Um T.'.F.'.A.'.

  26. En idioma español desde el punto de vista masónico se usa la palabra “RETEJAR” que sería un sinónimo de examinar. Cuando un masón llega de visita a una logia antes de permitírsele su ingreso es RETEJADO, es decir examinado. RETEJAR en portugués sería RETELHAR. Dice la anécdota que antiguamente, un hermano estando en la parte interior de la logia, discretamente levantaba una de las tejas del pequeño recinto para ver hacia fuera y también para comunicarse con el Guarda Templo Exterior, después colocaba la teja (Telha) en su lugar. Estoy de acuerdo con Rizzardo da Camino. TFA

    Kennyo Ismail – Hermano Robert, usted tienes razón. Eso es indiscutible. Lo que estoy tratando de explicar en el texto es que la misma cosa (retejar) en portugués arcaico és trolhar y no telhar. Hoy es Telhar, pero antes era Trolhar. Mi objetivo era comprender cómo surgió el término Trolhamento en la masonería brasileña. Seguro que no es de España, pero Portugal. Así que es en Portugal que tenemos que buscar.

  27. Kennyo Ismail Concordo com vc. É nossa mania dizer e se referir em tudo à maçonaria inglesa como se ela e sòmente ela fosse a "dona" das verdades maçônicas. Não é bem assim. A Maçonaria brasileira tem condições de até fugir um pouco das esquisitices dos ingleses. Digo esquisitices pois nem tudo está nos conformes visto que a maçonaria em suas diferentes vertentes têm as suas regionalizações e nem sempre por isso quer dizer que estão erradas. Mas o Vidal tem razão quando se refere ao trolhamento (trolha) ou telhamento (cobertura), e a explicação dele é muito convincente. Trolhar vem de trolha ou colher de pedreiro que serve para alisar, aplainar as arestas entre os Irmãos e telhamento vem de cobertura do templo. Enfim não se tenta adulterar mas quem sabe regionalizar a maçonaria que a meu ver nada tem de errado. Abraços.

  28. KalAvaré Kalaf , entendo seu raciocínio, baseado no significado da palavra no Brasil. Entretanto, deve concordar comigo que a mesma palavra aqui e em Portugal pode ter significados diferentes, correto? Como exemplos, posso citar "bicha", "cacete", "puto", "pica", "propina", que aqui tem significados bem diferentes do que em Portugal. A palavra "trolha" também tem um dos significados diferente lá. E foram os primeiros rituais do GOL que serviram de base aqui. Quando se trata de um termo desses, de uso antigo, não podemos retirar do contexto e interpretar com o significado de hoje e sim de antes. Abraços.

  29. P’ra mim a solução da dúvida fica um pouco mais fácil de resolver. É só cumprir o que a potência orienta através de seus rituais.

    Kennyo Ismail – É sobre esse tipo de postura maçônica que há anos este blog tenta alertar contra, do maçom-papagaio, que só sabe repetir o ritual, que não pensa, não estuda, não pesquisa e não discute.

  30. […] entanto, o Irmão Kennyo Ismail esclarece a questão da seguinte maneira, em http://www.www.noesquadro.com.br/2011/02/telhamento-ou-trolhamento.html […]

  31. Achei interessante o assunto, não tive tempo de ler todos os posts, o que posso dizer do mundo profano, já que é público o canal que aqui propaga as idéias do mundo da luz. Só posso achar engraçado se entrasse um penetra. Eu diria que o trolhamento e o telhamento não serviriam pra nada nesse momento. E se o hitler quizesse dar um nome quando nos limpamos ao ir ao banheiro para dar mais significado a coisa pra ele e fosse TROLHAMENTO DO REGO, garanto que o nome das palavras sagradas não ficariam a merce de piadinhas se fossem secretas. Agora me diga? Qual o interesse de manter algo secreto quando parte do assunto já é público? Ou seja, porque discurtir publicamente a definição daquilo que é de interesse secreto? Se é telha ou trolha já não é mais segredo.

    Kennyo Ismail – Talvez porque nunca foi segredo, já que secretos são os modos de reconhecimento e frases dos rituais, que são duas questões nunca abordadas no blog. Essas sim são questões de “interesse secreto”. Se seguissemos esse raciocínio proposto, qual seria o interesse de manter algo secreto na Maçonaria quando a existência da Maçonaria sempre foi pública? Esse seu raciocínio poria fim à própria Maçonaria… Há dezenas de milhares de resultados para a pesquisa “telhamento” no Google, inclusive websites das Obediências Maçônicas, além de dezenas de livros com essa palavra à disposição para qualquer um comprar, de José Castellani, Rizzardo da Camino e tantos outros. No entanto, não vejo as críticas a essa exposição ou a essas Obediências e autores…

  32. Muito bom show. Gostei muito da explicação

  33. Muito didático e explícito o ensinamento trazido à baila. A confusão entre trolhamento e telhamento é comum entre MAÇONS. Parabéns pela forma concisa e precisa da aula. Entendi perfeitamente a distinção.

  34. …sobre os debates a respeito de trolhamento ou telhamento, faço uso de um ensinamento recebido em 1984 de meu padrinho, o saudoso Irmão Rizzardo da Camino, …talvez esteja buscando nos galhos o que só encontramos nas raizes…TFA

  35. Irmão Kennyo
    Se permite a audácia queremos acrescentar o seguinte comentário ao seu belo trabalho: A identificação de maçons visitantes pode acontecer em três momentos distintos: a) apresentado por uma Irmão do quadro da Loja; 2) Pelo Venerável Mestre antes do inicio da sessão e conferido pelo Chanceler e , 3) Pelo cobridor, eis que no Ritual do Grau de Aprendiz, do SUPREMO CONSELHO DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO PARA A REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, utilizado pelas Grandes Lojas, não existe o cobridor externo, somente cobridor, para identificação e reconhecimento do Visitante. A trolha inda era usada (ferramenta) era usada para retiras os ângulos obtusos das pedras assentadas e que eram irregulares, tornado a superfície suave. Ao nosso modesto entender o ato de trolhamento visa harmonizar o visitante com a egrégora da Loja, pois texto assim o conduz e jamais para identificação de Irmãos. Perguntas finais a) Que vindes fazer aqui? e Que desejais?, neste momento a Loja está em sessão com a egrégora formada ou estabelecida.

  36. Somos PEDREIROS e pelo que sei pedreiro trabalha a PEDRA e não usa TROLHA?‍♀️?‍♀️?‍♀️???

    Kennyo Ismail – Pedreiro não usa trolha?!? Trolha seria ferramenta de que profissão, então? Ferreiro? Marceneiro? Barbeiro? Médico? Advogado?

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