No meu livro, História da Maçonaria Brasileira para Adultos, faço breve explanação sobre a Ordem DeMolay e sua divisão em território brasileiro desde 2004. Como não era o objetivo geral da obra, não me prolonguei naquelas páginas a detalhar tal divisão e as diversas tentativas de unificação que têm ocorrido nos últimos 14 anos. Apenas tomei o devido cuidado de evitar juízos de valores, em respeito aos irmãos envolvidos.
Para mim é uma questão simples. Como todos sabem, há centenas de obediências maçônicas irregulares e/ou não reconhecidas em funcionamento no Brasil. Em todos esses anos de blog, nunca dediquei-me a atacar qualquer uma delas, em respeito às opiniões dos irmãos que optaram por seguir esses caminhos. Mas nas ordens maçônicas e paramaçônicas que participo, busco sempre respeitar dois princípios: regularidade e reconhecimento internacional.
Assim, entendo que, se me preocupo em ser membro de uma obediência simbólica regular e reconhecida, não é coerente participar de um REAA irregular ou não reconhecido, ou de um Real Arco ou mesmo de um DeMolay nessas condições. Eles podem estar cheios de bons irmãos, fazerem um belo trabalho, terem suas razões para existir, mas é uma questão de coerência para mim. De toda forma, continuo respeitando cada irmão que pensa e age diferente nesse sentido, assim como espero deles o mesmo respeito.
No entanto, muitos são os irmãos que me perguntam sobre o assunto, após escutarem conversas truncadas e histórias distorcidas de um ou outro lado sobre a divisão e as diversas tentativas frustradas de unificação da Ordem DeMolay brasileira. Às vezes chega a ser engraçado, porque temos irmãos maçons que se mostram indignados com a dificuldade de unificação da Ordem DeMolay, mas não aceitam nem que se fale em unificação da Maçonaria perto deles. “Reparas no cisco do olho do teu irmão, mas não percebes a viga que está em teu próprio olho”. Questão de coerência.
Então, hoje, recebi um artigo do Irmão Thiago Rijo sobre esse tema, com uma exposição de fatos muito bem concatenada e alicerçada em dezenas de documentos disponíveis por link ao longo do texto, que, por sinal, está muito bem escrito, numa linguagem livre do jurisdiquês. Percebe-se que também houve o bom senso de evitar juízos de valores e deter-se aos acontecimentos, como a moral maçônica subliminarmente nos ensina. Recomendo a leitura.
Para acessar o artigo, clique aqui.
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